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BRASÍLIA GANHA PRIMEIRO CENTRO DE ECONOMIA POPULAR SOLIDÁRIA

FOTO: PRESS COMUNICAÇÃO-HAMILTON SILVA

Iniciativa da Secretaria Adjunta do Trabalho busca fomentar o empreendedorismo e gerar renda de pequenos empreendedores e cooperativas

Cada vez mais, a capital federal tem se mostrado empreendedora. No último 31 de agosto, quinta-feira, foi inaugurado o primeiro Centro de Economia Popular e Solidária (CEPES), uma iniciativa da Secretaria Adjunta do Trabalho (Seatrab) do Distrito Federal (DF). O espaço fica bem no centro da cidade, no Setor Comercial Norte (Quadra 1), revitalizando um espaço público que estava ocioso. A ocasião também foi marcada pela assinatura do decreto que regulamentou a lei de economia popular solidária, nº 4.899, de 2012, que desde então aguardava por esta iniciativa.
O CEPES servirá como referência para a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE). Além disso, possibilitará formar e capacitar tecnicamente os trabalhadores dos empreendimentos, por meios de parcerias com instituições. Serão beneficiados aqueles trabalhadores que têm como fonte de renda trabalhos baseados na produção manual, como artesãos e produtores rurais, bem como suas respectivas cooperativas.
O Secretário Adjunto do Trabalho, Thiago Jarjour, destaca o papel social do CEPES. “A nossa principal tarefa será acender o protagonismo e empoderar aqueles que, muitas vezes, ficam invisíveis. São trabalhadores que precisam de apoio para impulsionar ainda mais seus negócios, que garantem o sustento de suas família”, destaca.

O Governador Rodrigo Rollemberg, que esteve na inauguração, destacou a importância da iniciativa em um momento de dificuldades econômicas que o país enfrenta. Ele ressaltou ainda que, mesmo com os cortes de gastos que o governo tem feito, a área social tem ganhado reforços de investimentos.

O CEPES é um importante espaço para realizar atividades, capacitações, palestras, seminários, entre outros suportes que promovam e divulguem a economia solidária. O espaço funcionará integrado com o Cadastro Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários (CADSOL), do Ministério do Trabalho, sendo um dos pontos de registro dos interessados. Com isto, eles passam a participar de programas do governo local e federal, podendo profissionalizar ainda mais seus empreendimentos.

Para a artesã da Rede Pequi Patrícia Almeida, que falou em nome dos artesãos presentes, a iniciativa atende um anseio antigo da categoria. “Este é o ponto de partida para muitos projetos que virão. Esse lugar é nosso”.

Ponto de apoio
Além de servir dar as devidas orientações e capacitações para os empreendedores, o espaço também vai promover os trabalhos dos empreendedores solidários. Um vez por mês, o estacionamento em frente ao CEPES vai abrigar uma feira para comercialização dos produtos. Os interessados em participar só precisam procurar o centro e preencher os pré-requisitos.



Definição
Segundo Paul Singer, professor aposentado da Faculdade de Economia e Administração da USP, economia solidária é um modo de produção que se caracteriza pela igualdade, tendo a produção como posse coletiva dos que trabalham. “Os empreendimentos desse segmento são geridos pelos próprios trabalhadores coletivamente de forma inteiramente democrática. Isso quer dizer que cada sócio, cada membro do empreendimento tem direito a um voto”, explicou.

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