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EXCLUSIVIDADE DO BRB É MANTIDA E GERA "CLIMÃO" ENTRE DEPUTADOS

A deputada Telma Rufino não queria exclusividade

O arquivamento da Proposta de Emenda à Lei Orgânica (Pelo) 35/2016, que pretendia retirar do Banco de Brasília (BRB) a exclusividade no pagamento dos servidores públicos, causou uma confusão na Câmara Legislativa. De autoria das deputadas Telma Rufino (Pros) e Celina Leão (PPS), o texto parou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e, por três votos e duas ausências, foi arquivado ontem. Telma se chateou com o presidente do colegiado, deputado Reginaldo Veras (PDT), para quem a proposta é desnecessária.


Portabilidade

“Hoje já existe o sistema da portabilidade, que permite o correntista insatisfeito transferir a conta para outra instituição sem nenhuma dificuldade ou burocracia. Além disso, o BRB é um banco de fomento econômico no Distrito Federal e que tem como maior capital os servidores. Se eles saírem, é melhor fechar o banco”, justificou o pedetista.

Sem critério

Para Telma, a exclusividade é danosa para os servidores, que estão cada vez mais endividados, já que as linhas de crédito seriam liberadas indiscriminadamente. A deputada diz ter sido procurada por inúmeros servidores que tinham 100% dos salários bloqueados pelo banco. Chateada com a postura dos deputados que compõem a comissão, ela disse se admirar do posicionamento de Reginaldo Veras, que tem origem humilde e, mesmo assim, quer manter a exclusividade do banco, que só prejudica os servidores que não têm como sustentar as famílias. Na opinião da parlamentar, somente a portabilidade não adianta nesses casos, porque o banco se negaria a negociar com os servidores.

Em causa própria

Todo mundo sabe que a família do deputado distrital Rafael Prudente (PMDB) atua no ramo de segurança pública terceirizada no DF, mantendo contratos com o governo. E ele não se furtou de marcar agenda com o governador Rodrigo Rollemberg e com o secretário de Fazenda, Wilson de Paula, para cobrar os pagamentos atrasados.

Críticas

Do chefe da Fazenda, Prudentinho ouviu a promessa de que a previsão do governo é pagar na próxima terça-feira. O gabinete do peemedebista divulgou que o Executivo não repassa os recursos para a empresas desde maio e, em alguns casos, desde abril. “Essa postura do governo é irresponsável, pois estamos falando de trabalhadores como vigilantes, merendeiras e os que atuam na área de limpeza. São famílias que deveriam receber os salários no início do mês. É um absurdo ficar mais uma semana sem salário. O governo precisa respeitar seus trabalhadores”, disse.

E o Valmir Campelo, hein?!

Considerando que é o deputado distrital Chico Leite (Rede) o articulador da aliança entre Joe Valle (PDT) e o PR de Jofran Frejat, uma das vagas de candidato ao Senado – caso a coalizão seja viável – seria do próprio Leite, que não esconde a intenção de tentar uma das duas cadeiras que serão disponibilizadas no ano que vem. A outra, do senador Cristovam Buarque, cujo partido, o PPS, tem conversas avançadas com o grupo de Joe. Neste caso, quem ficaria de fora da candidatura majoritária seria o ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Valmir Campelo, recente aquisição do PPS com a promessa de que seria um dos nomes da chapa.

À moda antiga

Campelo acredita que tem vantagem na disputa. Diz que os brasilienses são politizados e escolherão os experientes paga governar Brasilia. Embora reconheça que a próxima campanha será realizada muito mais no campo das redes sociais, ainda aposta que as reuniões com multiplicadores, em casa, são a forma mais eficaz de se conseguir votos. Só perderia para o velho e bom aperto de mãos, com direito a olho no olho.

Veto derrubado

Na primeira sessão de votação do semestre na Câmara Legislativa, os deputados derrubaram um veto do governador Rodrigo Rollemberg ao Projeto de Lei 822/2015, da deputada Celina Leão (PPS), que institui o Plano de Desenvolvimento de Turismo Sustentável Rota do Cavalo. “Este plano vai diagnosticar e apresentar resultados acerca da infraestrutura de turismo na região, além de proporcionar o desenvolvimento de manifestações folclóricas, vaquejadas, leilões, exposições agropecuárias e rodeios”, destacou a parlamentar, ao comemorar a decisão dos colegas deputados em rejeitar o veto, já que, segundo ela, a manutenção seria um empecilho ao progresso na região norte do DF.

Nos Estados Unidos

Enquanto isso, os deputados Wasny de Roure (PT) e Rodrigo Delmasso (Podemos) representam o legislativo local em Boston, nos Estados Unidos. Os dois ficam por lá até o fim da semana, quando acaba o Encontro da National Conference of State Legislatures (NCSL). Conforme já publicamos, foi a Câmara Legislativa que pagou as passagens, a inscrição no evento e as sete diárias para os dois.

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