O Governo do Distrito Federal tenta
desarmar uma bomba como data e hora para explodir: às 14h desta
quinta-feira (1°/9). Nessa hora, os policiais civis farão uma assembleia
para discutir a proposta de reajuste escalonado de 33% apresentado pelo
Buriti nesta quarta (30). Como o sindicato da categoria já anunciou que
a oferta deve ser rejeitada, o GDF lançou a contraofensiva. Na noite
desta quarta (30), secretário-chefe da Casa Civil, Sérgio Sampaio,
convocou entrevista coletiva para anunciar a arma palaciana: a
matemática. O governo Rollemberg quer provar 33 é igual a 37.
Os servidores da Polícia Civil cobram isonomia salarial em relação à
Polícia Federal, que recebeu aumento de 37% da gestão Michel Temer, em
três parcelas, entre 2017 e 2019. O GDF ofereceu 33% nas seguintes
condições: 8% em 2018; 7% em 2019; 8% em 2020; e 10%, em 2021. Somados,
os percentuais chegam a 33%, mas o secretário explicou que, com os
índices que incidem durante os anos, o cálculo correto é 37%.
A conta é difícil de entender, mas não se pode considerar os
percentuais brutos porque eles não serão aplicados em cima dos salário
atual, mas sim em cima das remunerações reajustadas ano a ano. Fica
assim: se um policial civil ganha hoje, por exemplo, R$ 7.500. Em 2018,
receberá R$ 8.100. Com o segundo reajuste, ganharia R$ 8.667; com o
terceiro, R$ 9.360,36 e, em 2021, receberia R$ 10.296,40, o que dá um
reajuste total de 37,29% sem contar a inflação do período. Resta saber
se a categoria comprará o argumento do Buriti nesta quinta-feira (1°/9).
Rombo
Sérgio Sampaio afirmou que a situação do governo é preocupante e que a proposta foi estudada e feita após diversos estudos e muito esforço. Segundo ele, somente com pessoal, incluindo os gastos do Fundo Constitucional, gasta-se R$ 26,5 bilhões por ano. “A Lei de Responsabilidade Fiscal precisa ser levada a sério. A chefe do Estado acaba de perder o cargo por não respeitá-la”, afirmou ao fazer referência ao impeachment de Dilma Rousseff.
Sérgio Sampaio afirmou que a situação do governo é preocupante e que a proposta foi estudada e feita após diversos estudos e muito esforço. Segundo ele, somente com pessoal, incluindo os gastos do Fundo Constitucional, gasta-se R$ 26,5 bilhões por ano. “A Lei de Responsabilidade Fiscal precisa ser levada a sério. A chefe do Estado acaba de perder o cargo por não respeitá-la”, afirmou ao fazer referência ao impeachment de Dilma Rousseff.
Para ele, é temerário falar em
reajuste. “Não estamos inventando uma crise. Vamos ter que contar com a
recuperação de mercado, esperar que a economia reaja. Não teríamos como
conceder o aumento num espaço de tempo menor. Estamos fazendo isso com
imenso esforço. É uma prova de boa vontade e reconhecimento do serviço
prestado pela Polícia Civil do DF”, completou Sampaio.
O secretário-chefe da Casa Civil
afirmou ainda que existe um rombo enorme nas contas do GDF. “Para fechar
este exercício, temos um deficit de R$ 1 bilhão, isso contando com o
reajuste de 32 categorias, que começa a ser pago em outubro”, afirmou
Sampaio.
O reajuste concedido às 32 categorias
deveria ter sido pago em setembro de 2015, mas depois de longas greves,
o governo conseguiu negociar o pagamento inicial para outubro de 2016.
“Somente com esses aumentos, será uma despesa extra de R$ 1,5 bilhão ao
orçamento. No término das quatro parcelas a serem pagas à Polícia Civil,
serão mais R$ 545 milhões”, contabilizou o secretário.
“Recuo”
Em nota publicada pelo Sindicato dos Policiais (Sinpol), o presidente da entidade, Rodrigo Franco “Gaúcho” afirmou que a proposta já foi recusada pela entidade na reunião interna. “A falta de avanços deve agravar ainda mais a Operação PCDF Legal e outras ações.” Além disso, ele afirmou que “esses 33% em seis anos quebram a paridade da PCDF com a Polícia Federal, tanto em índices como em datas, e está mais distante dos anseios dos policiais civis do que as propostas anteriores, que previam um aumento já no segundo semestre de 2017”.
Em nota publicada pelo Sindicato dos Policiais (Sinpol), o presidente da entidade, Rodrigo Franco “Gaúcho” afirmou que a proposta já foi recusada pela entidade na reunião interna. “A falta de avanços deve agravar ainda mais a Operação PCDF Legal e outras ações.” Além disso, ele afirmou que “esses 33% em seis anos quebram a paridade da PCDF com a Polícia Federal, tanto em índices como em datas, e está mais distante dos anseios dos policiais civis do que as propostas anteriores, que previam um aumento já no segundo semestre de 2017”.
Fonte: Metrópoles
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