Paixões, todos temos. E o que é a paixão? Um barco solto, em alto mar, na tempestade, à deriva. Necessária, portanto, a educação da nossa vontade, no homem natureza que age sem racionalidade e movido pela paixão, escolher o bem e discernir o mal e o vício e escolher o caminho da virtude. E só a razão leva à uma vida bela e feliz. Numa sociedade dividida por interesses conflitantes, um valor importante são as escolhas de forma democrática, escolhas no campo da política em que todos são iguais e elegem representantes considerados idôneos para agir conforme a vontade do povo, com respeito ao tempo e ao espaço das coisas e em que se busca o equilíbrio entre a individualidade e a coletividade.
A arte de viver da ética antiga , a ética dos gregos, buscava a ética da beleza, a estética da vida, da existência, a beleza do Cosmos, o homem belo é ético na medida em que vai em busca da ordem, da beleza, da harmonia do Cosmos, o homem virtuoso.
Trazer para a vida pessoal a beleza do Cosmos deu expressão à beleza que lhe é inata. Lembrando que a excelência é uma conquista, o homem se torna bom. A vida como viagem rumo ao caminho da virtude e do bem viver.No mundo ideal, cada um com suas funções em harmonia com os demais. Virtuosismo pessoal, ter prazer, ser sereno, mesmo no caos. Cidades como reflexos da beleza do cosmos. O homem nasce para a felicidade, para a saúde da alma . E só o afastamento da ignorância traz a autogestão de si mesmo e a consciência de que o universo público não pode se tornar pessoal.Conhecimento, razão, mundo maior, amizade que se concretiza nos jardins, serenos, felizes, encontros, conversação, prosas, o direito ao bem, à cidadania e à eletividade. A ética exige racionalidade, sai da fatalidade e sai em busca da felicidade, pressupõe um dever, um bem, uma conquista do que é virtuoso, é liberdade porque, apesar de tudo, abre uma porta para se realizar o que se deve e pode fazer a partir da administração dos desejos. Eu busco jardins. Não há nada a temer, a felicidade é possível, a dor pode ser superada, a felicidade é uma conquista, direito de todos e luta de autonomia, de prazer, de alegria da felicidade com responsabilidade.
Uma consideração importante é a existência de diferentes éticas, de acordo com os países, povos, religiões, culturas que irão determinar o que é ético para um povo não é para outros. Muçulmanos e talibãs pensam e possuem ética diferente dos sul americanos ou norte americanos.
Outro aspecto importante é a legitimidade: apenas ela garante a obediência ou a transgressão. O direito legítimo como seiva sagrada que corre nas árvores e nos rios. Ungida, soberania. Soberania e natureza. O Rei faz corpo com a natureza.Princípio mágico: o bom governo medieval prezava pela justiça, bondade, caridade. O Rei justo em que cada um ocupa o seu lugar numa ordenação cósmica. Como numa mandala, sem cabeceiras, cavaleiros da Távola redonda.
E essa bondade é mantida nos dias atuais, as esmolas, o bolsa família, o Rei magnânimo, metade do feudo para os demais. O Rei a cabeça, o corpo, os súditos, relação harmônica com os súditos para que o corpo seja saudável. O tirano escraviza os súditos, relação de medo, perda da legitimidade. O Rei justo é movido por amor o Rei tirano pelo medo, por isso ele precisa da PM, do exército e das forças de segurança para se proteger e ao povo também já que o natural é que a violência seja exacerbada nessa relação doente. O uso da força para conservar o Estado e seus valores.
Na modernidade, além de justo, o Rei deve ser eficiente e usar a máquina do Estado de forma eficaz. Não basta só ser bom, tem que ser eficiente.
A consulta periódica e sistemática ao povo de seus representantes constitui legitimidade, como a força do sol, eleições, como o bem, o sol que coloque luzes no que está escuro, o sol dá vida e aproveita as ações. Modernidade, eficiência, o eu e o outro, será bom se for eficaz.
A sociedade necessita de normas, isso diminui a distância entre o bem e o mal.
O homem decide, o sagrado sai dos Deuses e vai para o indivíduo, por isso o enfraquecimento da Igreja e o fortalecimento do cidadão.
O procedimento passa ser mais importante que o valor e a forma democrática circular, homens iguais e livres para escolher seus rumos. Fazer o que se deve e não o que se quer de forma anárquica. autoridade e ordem conferem limites à liberdades sem limites. E surge a ética da alegria, no lugar da ética da transgressão. Quando você diverte uma mulher, vocêtem tudo que quer!
Qual o mal da sociedade moderna e contemporânea? A individuação em detrimento da coletividade.
A cura das polis? Quando pensarmos mais como seres coletivos:
- ciclovias
- meio ambiente
- praças de convivência
- transporte público de qualidade
- associações de classe
- festas da comunidade
-eficiência
-formas circulares
- reuniões ao ar livre
-cursos técnicos de qualidade de forma que capacite profissionais em todos os níveis de modo a garantir que todas as classes se sintam reconhecidas e importantes no processo de produção, planejamento, etc.
Walesca Borges
Analista Legislativo
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