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BARULHO DO RECESSO LEGISLATIVO E O PODER DO SILÊNCIO NAS ELEIÇÕES DE 2018 EM BRASÍLIA

Opinião de politica em Brasília
O Grande barato da política é justamente o processo dinâmico a que se submetem os atores que amam essa arte e desejam de forma viciante em concorrer a cargos eletivos. Erra feio quem acredita que o fato de estarem em recesso legislativo os deputados não estão trabalhando.

Muitos dos parlamentares podem até não querer dar entrevistas ou estar viajando, mas o fato é que os movimentos de bastidores estão frenéticos.

O recesso está acabando e já duas figuras de expressão no Distrito Federal já abriram o verbo e se posicionaram diante da grave crise política e econômica que insiste em montar guarda em nossa querida cidade.

Filipelli

  Primeiro foi o ex vice de Agnelo e ex deputado federal Tadeu Filipelli que deu o ar da graça se posicionando ao governo de Rollemberg na oposição e ao mesmo tempo tentando descolar seu nome do desastroso governo do Partido dos Trabalhadores Filipelli tem no Palácio do Planalto uma sala ampla na assessoria do presidente Temer. Reflexo de pretígio no PMDB, Tadeu Filippeli tem se articulado com habilidade buscando apoio em diversas lideranças.

   "Nós podemos divergir em ideias, divergir de pontos de vistas, mas nunca podemos, em um conflito entre nós, permitir que reflita sobre o dia-a-dia de Brasília." Foi assim que ele respondeu quando indagado sobre sua posição em relação a Rodrigo Rolleberg. Disse, ainda,  que não se considera inimigo do atual governador, mas sim adversário. Com discurso bastante inteligente, O ex deputado distrital conhece como poucos os atalhos da política. Portanto, tem patente para disputar o maior cargo do DF em 2018.
   

Celina


A Leoa voltou rugindo alto ao voltar do recesso que praticamente nem usufruiu, pois primeiro convocou de forma urgente a Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga a má gestão com recursos públicos na área da saúde, diante da macacada promovida pelo executivo,  para não dizer outra coisa e mesmo assim inicia o semestre com gosto de gás soltando uma NOTA em que ataca as exonerações políticas do Delegado de Polícia, Rafael de Sá Sampaio, que se prontificou em apurar os fatos que levaram o GDF a uma crise única. A parlamentar classificou o ato como sendo de covardia e refutou a postura do governador frente às negociações com os servidores da segurança pública. Ou seja, a presidente da Câmara Legislativa sedimentou sua postura de independência, mas também ratificou sua oposição aos atos, muitos deles, irresponsáveis do senhor governador.  

A deputada está se graduando e se notabilizando como uma opção de governo para 2018, mas em cravar nenhum nome quero somente registrar que muitos de seus apoiadores importantes, como seu mentor e pastor JB Carvalho já deflagrava o nome da deputada ao governo em meados de 2013, ou seja, alguns querem, mas o credenciamento se dá através de trabalho, oportunidade e sustentação(aliança).  O importante, sem dúvida nenhuma e qua faz grande diferença é um trabalho baseada em coerência e honestidade, daí já estará fazendo muito. Falar agora, se posicionar agora e fazer agora marcará uma posição de destaque no ano eleitoral, portanto que não falar agora deverá se calar para sempre. 

Rosso

 De férias, se limitou a colher os louros da campanha brilhante para presidente da Câmara dos Deputados, não se pronunciou quando indagado por alguns jornalistas e preferiu o silêncio a se posicionar em relação ao escândalo das gravações envolvendo seu principal púpilo, o vice governador Renato Santana. Talvez o deputado Rogério Rosso não saiba, mas, como figura pública, deveria sim estar sempre disponível para descrever aos seus eleitores os ocorridos. Infelizmente nem todos os atore públicos tem a mesma sensibilidade, com exceção das ocasiões em que pode ser benéfico aos seus interesses, muitos deles particulares. É preciso haver mais respeito e mais comprometimento com a verdade.

Bispo Renato


 Deu uma declaração, no bom programa de Ricardo Noronha (Rede TV), de arrepiar os cabelos, principalmente aos mais "crentes". Disse que precisava pensar mais sobre a possibilidade de pena de morte para os que desviam dinheiro da saúde pública.

Creio que muitos cristãos não concordam com essa reflexão, mas a vida é prioridade em qualquer situação. Nessa linha de pensamento, existe um rol de temas que poderiam ser relevante no que se refere à pena de morte:  

Violência gera violência, mas crimes hediondos batem à porta e talvez o que ele quisesse dizer que os crimes cometidos através da corrupção deveriam ser encarados como um crime gravíssimo. Às vezes, falar o que se quer leva a ouvir o que não se quer, ou seja, existe um segmento de eleitores surdos, mudos e que praticamente são ovelhas obedientes. 

Credenciado à reeleição, deve estar atento aos discursos populistas, pois a comunidade evangélica é fiel, e muitas vezes fiel à Palavra.

Wasny de Roure


Deputado Distrital, também de outro segmento evangélico, quem diria ousou falar e cobrar do governador uma posição sobre as possíveis "falcatruas" na secretarias de fazenda e secretaria de saúde do GDF. Explico minha crítica. É que o deputado sempre foi discreto em suas falas e quase não se expõe, para vocês verem como a "coisa" tá séria.

Com o fracasso nacional do Partido dos Trabalhadores, o deputado Wasny corre sérios riscos de não se eleger desfalcando a bancada petista na Câmara Distrital.

 Comunicação
 
Coordenar uma imagem pública,"limpa", sem ruídos, torna-se muito complexo quando não se tem um bom senso e sensibilidade aguçada para saber exatamente o que falar e em especial em que tom deve falar, ou se comunicar com eleitores e aos canais que transmitem suas idéias.

Para muitos, o importante é falar, mesmo que isso não reflita exatamente o que sua consciência clama em dizer, enquanto outros desejam um silêncio profundo de suas intenções.

Para finalizar uma pequena reflexão


Na arte da política, tudo pode se confundir com sinismo, falsidade e segundas intenções, entretanto, um renascimento dos conceitos, desconstrução da cultura "do jeitinho" e construção de poíticas públicas sedimentadas na Moral, na verdade e na consciência da missão que se torna um dever Legal em todos os debates que vislumbrem um Brasil um melhor.
  
Deputados e algumas autoridades públicas, com raras exceção, querem a todo custo aparecer pelo que falam e não pelo que pensam, não refletem e desejam estar na "boca do povo", mesmo que isso seja somente uma bobagem.

Veja como o Wikipédia define o silêncio:
 
Silêncio é a ausência total ou relativa de sons audíveis. Por analogia, o termo também se refere a qualquer ausência de comunicação, ainda que por meios diferentes da fala.

Muitas vezes, caros deputados, o silêncio é o melhor barulho que se pode fazer. Boca fechada não entra mosquito.

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