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BASE X SINDICATO


Hoje, como na maioria das vezes em que falamos sobre política sindical, fico frustrado com a quantidade de colegas que não tem a mínima noção do que seja consciência de classe. E o mais preocupante é que os diretores que são designados pela base, também são desprovidos, não só da consciência referida, mas são desprovidos de "malícia" política para gerir uma condição miníma de representatividade.
Quero ressaltar aos que leem esse texto que vocês vão identificar exatamente a quem estou me referindo, não quero dar nomes, pois já fui ameaçado várias vezes por esse sindicato de processo. No entanto, é preciso fazer essa reflexão com os colegas que sempre foram mais próximos.

Critica ao diretor coordenador
Esse nunca veio ao recinto daqueles que mais produzem na empresa onde trabalhamos, nunca veio até nós para simplesmente passar um "informe". Podemos até alegar que essa figura é desnecessária e dispensável ao sindicato, pois quando fomos a greve ele não teve a coragem de se posicionar a favor ou contra à continuidade do movimento paredista. Foi covarde e se colocou numa posição neutra, levando à categoria a perceber que a partir daquela demonstração de fraqueza não teríamos rumos nem liderança com a condição básica e disponibilidade para liderar. Falha, também, ao enviar email equivocado e depois se retrata através  de outro email, o que não me parece ser nada eficaz para uma categoria que necessita imediatamente de rumo de vínculo com a atual gestão.

Secretaria de Comunicação não funciona
Por mais ineficaz, que parecia ser, a diretoria do sindicato anterior a esta gestão foi mais presente neste quesito de comunicação. Sinceramente achava que pior não ia ficar, mas para nosso desespero ficou.
E não é só a questão de ser ter um meio eficiente de comunicação (jornal, email ou outro meio qualquer), estou me referindo a um RELACIONAMENTO diário e transparente com sua base, isto é, vivenciando as demandas verdadeiras, de forma a concretizar em ações reverberadas na mídia e em outros canais de comunicação.
Poderia, simplesmente, haver uma conversa ao pé do ouvido de cada empregado pedindo sugestões e opiniões, críticas e reclamações. E não  de forma unilateral, egocêntrica e excessivamente centralizadora, chegando, muitas vezes, à truculência por parte de quem passava informações. Ora a comunicação se resumiu a "PASSAR INFORMAÇÕES", quem sabe um mínimo de comunicação não pode se sentir privilegiado com o tratamento dispensado pela direção. Uma decepção, essa secretaria que é vital para estreitar os laços entre BASE E SINDICATO.

O Rodizio só prejudicou
Achando, os diretores, que iriam agilizar o processo e administração das relações sindicais, a atual diretoria resolveu, também de forma unilateral, fazer um RODIZIO na condução de "Diretores Liberados".
Ora, foi mais um equívoco. Para explicar melhor minhas alegações quero dizer que não é nada pessoal contra nenhum dos atuais dirigentes, pelo contrário, mas é notório a falta de experiência e tato com a máquina sindical. Não foi prioridade as necessidades e objetivos do coletivo. O que predominou foi necessidade e objetivos pessoais. Explico, novamente: Alguns diretores fizeram as contas e viram que o salário que o sindicato pagava era menor que o da empresa, e que portanto, teriam que voltar para seus postos e dane-se as necessidades coletivas e aqueles que neles votaram. O tempo de adaptação, conhecimento da máquina sindical e acomodação de um diretor leva alguns meses, e isto, prejudicou de forma decisiva para a inércia atual do sindicato. Não basta só ter ações na justiça.

Chapa Gadernal
Uma chapa com conexões frágeis, pessoas que já tinham estado à frente do sindicato. Pessoas com comportamento, no minimo duvidoso e que portanto não poderiam compor aquela que seria a chapa dos sonhos daqueles que conduziam a maior produtividade da empresa. O PI.
Erro crasso e estratégico para uma diretoria que poderia ficar mais de dois mandatos. Infelizmente esses não contribuíram com a quantidade de propostas a que se comprometeram a fazer.

Falta de proposições construtivas 
Essa é a maior e mais grave de toda inércia do sindicato. Primeiro avaliou erroneamente ao adotar a linha de atuação pelo segmento jurídico, pois esse é moroso e de resultados, na sua grande maioria, desfavoráveis à sua base. Segundo, menosprezou uma atuação política com reconhecimento de luta de classes. Outro erro fatal. Patrão é patrão, empregado é empregado, objetivos divergentes, portanto isso justificaria uma prioridade na adoção de um plano de ação com bandeiras convergentes às necessidades de toda à categoria.
Quando a direção do sindicato nega a legalidade de um novo PES (Plano de Emprego e Salários) ele, o sindicato, está dizendo que eu, como filiado, não terei como sugerir melhorias nesse PES, nem na próxima elaboração de ACORDO COLETIVO. Quero afirmar que isto não deve nem pode ser real, pois eu, enquanto sindicalizado, exijo que as condições impostas pelo novo PES sejam instrumentos de avaliações e colocada na pauta de todos os debates. Que a diretoria colegiada se esforce ainda mais e apresente outras alternativas para o empregado, sem simplesmente ficar atirando e ignorando uma nova realidade. Isto não invalida a reclamação do PES antigo. É preciso avançar de verdade. Construir de forma definitiva e qualitativa, um fórum permanente para discutir os temas mais importantes para os empregados, empresa e primordialmente a sociedade brasiliense.

Abaixo assinado cheira a golpe
Eu que vivi momentos de muita perseguição política e de tragédias no movimento sindical, fico ainda mais triste, quando vejo, que colegas querem tomar iniciativas oportunistas e golpistas para tomarem de assalto aquilo que foi construído de forma democrática e com total legitimidade no voto. Não suporto injustiça. O SINDICATO VEM FAZENDO UMA PÉSSIMA GESTÃO, MAS NÃO O SUFICIENTE PARA SER VÍTIMA DE UM GOLPE, mesmo que respaldado pelo estatuto, essa diretoria tem todo o direito de permanecer até o fim, mesmo que esse fim seja traumático para seus diretores.
Acredito na INSTITUIÇÃO SINDICAL, mas confesso que deixei de acreditar naqueles, que hoje, dirigem o órgão representativos do trabalhadores.

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